Para mim, todos os jogos têm um lance simbólico. Uma jogada, uma substituição, ou uma falta, um momento que resume e é simbólico dos 90 ou 120 minutos de um jogo de futebol.
E na minha opinião, esse lance, que ilustra um jogo e um momento, uma tendência de uma época futebolística, é aquele do amarelo ao Gaitán por simulação de penalty.
Para além das considerações que poderia fazer acerca de um jogador adversário que prefere atirar-se para o relvado a simular penalty em vez de tentar jogar à bola e fazer golo…
Noutras épocas, tinha sido assinalado penalty. O Jorge Sousa não tinha tido dúvida. Tínhamos sido (mais uma vez) roubados. E hoje, perante as nossas justificadas queixas, diriam “joguem mas é à bola”. Os comentadores diriam que era um lance de juízo difícil (eu fiquei com dúvidas no estádio que só dissipei na repetição em casa). Passava-se um pano e ficava tudo limpinho, limpinho. Eles seguiam na Taça e nós ficávamos com as queixas. Foi assim tantas e tantas vezes.
Reside aqui a diferença para o momento em que vivemos.
E creio que muita da responsabilidade reside numa “estrutura” que é liderada pelo presidente, mas que integra o Octávio, o Inácio, o Jorge Jesus. 4 cavalos de batalha a puxar para o mesmo lado e os jogadores seguem-nos, eliminados que estão os “mustangs” que não querem fazer parte do grupo, como Carrillo.
Os árbitros portugueses não são conhecidos pela sua coragem. Décadas a fugirem de jogadores no relvado, a serem apanhados em casas de má reputação ou a comerem vouchers. Normalmente decidem da forma que lhes dê menos chatices. Nós exigimos que decidam bem, senão vão ter chatices.
P.S.: já nem os adeptos adversários acreditam na cartilha oficial que o gabinete de imprensa entrega aos spin-doctors rivais, dos roubos arbitrais. A prova é que invadiram o centro de estágio para exigir mais da equipa e técnicos. Se a culpa fosse só e apenas do apito, certamente mostrariam antes apoio à equipa. Aliás, como nós sportinguistas fizemos depois de sermos eliminados inacreditavelmente da Liga dos Campeões.
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